quinta-feira, 7 de outubro de 2010

DIMENSÃO CONTEMPLATIVA DO ROSÁRIO MEDITADO

Na Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae” o Papa João Paulo II enfatiza: “O Rosário é uma oração marcadamente contemplativa dos mistérios de Nosso Senhor Jesus Cristo. Privado desta DIMENSÃO CONTEMPLATIVA perderia sentido, como sublinhava o meu antecessor o Papa Paulo VI quando afirmava: Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e sua recitação corre o perigo de tornar-se uma repetição mecânica de fórmulas”1...
Todavia, para que possamos alcançar essa DIMENSÃO CONTEMPLATIVA dos Mistérios de Nosso Senhor, é indispensável aprofundamento do conhecimento da Palavra de Deus. Na verdade é o próprio mistério de Jesus Cristo que ocupa o centro do Rosário. Por isso não podemos rezá-lo em profundidade se desconhecemos o Evangelho e o básico da doutrina da Igreja.

 Rezar o “Terço” numa DIMENSÃO CONTEMPLATIVA

Este livro tem por objetivo propor a oração do Rosário tendo como base a Palavra de Deus e desta maneira enriquecê-la sobremaneira com a DIMENSÃO CONTEMPLATIVA dos Mistérios de Cristo preconizada pelo saudoso e querido Santo Padre. Para tornar mais prática a leitura de cada Mistério do “Terço do Rosário” esta foi dividida em sete pequenos textos, distribuídos de A a G. Sugere-se que seja lido um texto por vez para auxiliar a mentalização da cena evangélica durante a dezena rezada. Desse modo, todos os demais textos serão lidos e meditados, enriquecendo significativamente a oração. Esta é a razão pela qual este livro deve ser utilizado todas as vezes que se rezar o “Terço Meditado”. 
É necessário enfatizar que durante a recitação do “Terço do Rosário” não é importante direcionar a atenção para o significado das palavras das orações. Na verdade, a repetição mecânica das mesmas “Ave-Marias” e “Santa-Marias”, pronunciadas com os lábios, uma a uma, em ritmo cadenciado, enquanto se acompanha com os dedos o passar das contas, tem a finalidade de proporcionar um adequado fundo musical, uma espécie de trilha sonora que favorece a concentração no que realmente importa: “meditar e contemplar os Mistérios de Cristo”. Esse processo facilita o abrir do coração, deixando-o revestir-se pela ação do Espírito de Deus.
O Papa João Paulo II salienta:de fato, sobre o fundo das palavras das Ave-Marias, passam diante dos olhos da alma os principais episódios da vida de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, nosso coração pode incluir nestas dezenas do Rosário todos os fatos que formam a vida do indivíduo, da família, da nação, da Igreja e da humanidade”2
Assim, enquanto fazemos a meditação dos mistérios de Cristo, podemos, segundo os ensinamentos do Papa, “colocar Jesus no centro, partilhando com ele alegrias e sofrimentos, colocando em suas mãos necessidades e projetos, e dele receber esperança e força para o caminho”5. Devemos incluir em nossas intenções e pedidos, as necessidades de nossos familiares, as graças que desejamos para nossos pais, filhos, cônjuge, amigos, conhecidos, aqueles que pediram nossas orações e todas as demais intenções particulares. 


1 Papa João Paulo II - “Rosarium Virginis Mariae” (RVM), p.14


As “ORAÇÕES DE INTENÇÕES”, colocadas logo depois dos textos referentes a cada “Mistério”, não fazem senão atender a essa orientação do Papa, pois direciona nossas orações não somente às nossas necessidades pessoais, mas a todos os membros do corpo místico de Cristo. Dessa maneira elas adquirem um sentido de súplica, de intercessão, em que elevamos o pensamento a Deus para pedir por todos os integrantes da nossa comunidade. 
2 RVM, p. 8







2 comentários:

  1. Esta é uma excelente idéia para evangelizar e vem de encontro a Nova Evangelização proposta pelo saudoso e querido Beato João Paulo II e solicitada com todo empenho pelo atual Papa Bento XVI

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